Esta Ação pretende evidenciar, de uma forma espetacular, a ligação indissociável entre um bem imóvel classificado, a ponte romana classificada como Monumento Nacional e o património imaterial que lhe está associado – “A Lenda da Moura da Ponte” – os dois partilhando uma herança cultural que se preservou até ao tempo presente e de que Chaves e os flavienses tanto se orgulham.

A história diz-nos que no primeiro quartel do século X, Chaves, voltou a cair no poder dos mouros, até que no século XI, D. Afonso III, rei de Leão, a resgatou, mandou reconstruir, povoar e cercar novamente de muralhas. Foi por volta de1160 que Chaves integrou o país, que já era Portugal, com a participação dos lendários Ruy Lopes e Garcia Lopes, tão intimamente ligados à história da terra.

Chaves é portadora de um património invejável, edificado e intangível, que permite apostar numa identificação cada vez maior da comunidade residente com os seus valores histórico-culturais e trabalhar no desenvolvimento de produtos turísticos de uma forma criativa e inovadora, apostando numa lógica de envolvimento, de partilha e de crescimento sustentável que valorize a herança cultural e crie novas e apelativas formas de as dar a conhecer

Promover e proteger a memória das gerações através de monumentos, sítios e paisagem é um desafio importantíssimo, ao qual tem sido reconhecida uma extrema importância. No entanto, a memória de um povo é muito mais do que as suas obras e os seus factos históricos, há muito mais do que isso na herança deixada pelos nossos antepassados: as tradições, os saberes, as festas e romarias, as lendas e as crenças do povo, a alma de quem habita os locais.

Com base nesta lenda pretende-se nesta ação dinamizar um conjunto de atividades que vão desde a encenação da peça, à sua montagem e posterior apresentação do espetáculo. Simultaneamente, prevêem-se atividades de envolvimento da comunidade escolar e de todo o tecido comercial e empresarial do Centro Histórico.

Tirando partido do rio Tâmega, e da sua importância para a cidade como elemento vital, fonte de frescura, parte indissociável da paisagem, que banha a cidade e rega os campos agrícolas, espaço de lazer, veículo de comunicação e de passagem, será recriado anualmente, um evento que trará à presença dos flavienses e dos visitante e turistas a “alma” da Moura da Ponte que há séculos ali se esconde.